As primeiras folhas começam a cair,o outono
está a chegar.
Ali sentado num banco do jardim cruzo olhares
com pessoas que passam,mas entre elas uma chamou em
particular a minha atenção.Um velho sentado num banco do jardim ,
ali mesmo à minha frente.
As mãos ásperas e secas pelo vento,seguravam
uma velha bengala,do seu rosto saía um olhar triste e cansado.
As rugas que lhe cobrem a cara,revelam uma vida de trabalho e
quem sabe sofrimento,dezenas de pessoas passam por ele,no
entanto dá a sensação que está só.
Será que um dia também vou ter o meu lugar num banco
do jardim,onde irei recordar fragmentos do passado,
onde a solidão será minha companheira.
Nascemos...crescemos...vivemos a nossa vida e por vezes
não nos lembramos dos nossos velhinhos,que já viveram uma vida
já sofreram para nos ver felizes,e agora não pedem mais nada,
só um pouco de atenção,um pouco de carinho,e muito amor
e compreensão.
Espero que um dia as minhas rugas sejam bonitas,porque
foram marcadas pelo sorriso e que os meus olhos
cruzem o horizonte onde o sol desponta
e a esperança se ilumina.
P.NUNES
Oi Paulo. Foi um belíssimo pensamento. Sempre vejo um velho quando retorno de minhas caminhadas. E penso que logo estarei, talvez, também com uma bengala, porque a vida passa num segundo.
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