quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O teu nome


Só para afastar esta tristeza
para iluminar meu coração
falta-me bem mais tenho a certeza,
do que este piano e uma canção.

Falta me soltar na noite acesa
o nome que no peito me sufoca,
e queima a minha dor.

Falta-me solta-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dize-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.

Porque todo ele é poesia,
corre pelo peito como um rio
devolve aos meus olhos a alegria
deixa no meu corpo um arrepio,
porque todo ele é melodia
porque todo ele é perfeição.
É na luz que vem.

Falta-me dize-lo lentamente
falta soletra-lo devagar,
ou então bebe-lo como um vinho,
que dá força pro caminho
quando a força faltar.

Falta-me solta-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dize-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.


MIGUEL GAMEIRO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


É nestas noites em que estou sozinho que paro e penso
Cansado pelo dia-a-dia que não esqueço
Sinto-me como o sol, perdido num céu cinzento
Estou cansado de ser eu e já não aguento
Nesta vida desgraçada,ninguém mostra o que é
Falsidade,arrogância,e muita pouca fé
Honestidade onde está?por certo acabada
Este mundo é uma treta,não passa de uma fachada......


P.NUNES

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


O tempo passa, acaba sempre por passar, mesmo quando os dias se prolongam numa agonia vã e estéril, mesmo quando a cada manhã que se acorda e se pensa que é impossível chegar ao fim daquele dia.

Margarida Rebelo Pinto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Nunca parto inteiramente,
não me dou à despedida
As águas vão simplesmente
presas à sua nascente
é do seu modo de vida

Fica sempre qualquer coisa
qualquer coisa por fazer
Às vezes quase lamento
mas são coisas que eu invento
com medo de te perder

Deixei um livro marcado
e um vaso de alecrim
Abri o meu cortinado
fiz a cama de lavado
para te lembrares de mim

Nunca parto inteiramente
Vivo de duas vontades:
uma que vai na corrente,
a outra presa à nascente
fica para ter saudades


(ALA DOS NAMORADOS)